• Psicoterapia del grupo. GRINBERG, L.; LANGER, M.; RODRIGUÉ, E. Buenos Aires: Paidós, 1955.
• El grupo terapeutico. GRINBERG, L.; LANGER, M.; RODRIGUÉ, E. Buenos Aires: Paidós, 1955.
• El contexto del proceso analítico. Buenos Aires: Paidós, 1965
"La hora analítica es un evento de suma complejidad y es posible que tengan razón aquellos que consideran que ya en la primera sesión el paciente trae – como una cápsula increíblemente condensada – lo medular de la biografia interna de su enfermedad. Sea como fuere, cada sesión es una gran síntesis de acontecer psíquico: es la interacción de lo que se repite com lo que se renueva".
"Em nuestro livro nos hemos ocupado com detención em el cómo se dicen o se reciben las palabras en la situación analítica. En ese contexto nos interesa algo que, para darle un nombre, hemos llamado la "cocina" de la interpretación. El término, tomado de la jerga de los pintores, requiere una aclaración. La "cocina" en un cuadro es todo el trabajo no visible, todas las capas que se funden en el fondo de la tela y que le dan al cuadro textura, profundidad. Viene a ser una artesanía subliminal que embebe de carácter y sentido a lo expresado. Usando esta analogía, concebimos que existe una "cocina" en el trabajo interpretativo. Es la "antesala de la interpretación" que precede al producto final, a la formulación explicitada. Em ese paso previo, privado, interno, el analista baraja datos de muy diferente índole: ahí están las palabras inmediata del paciente y las interpretaciones recientes del analista; ahí están las palabras mediatas, nuestra percepción de la historia, estilo y modalidad de recepción del paciente y nuestros marcos de referencia (experiencia previa, lo que hemos leído, etc.). En ese ámbito se produce la alquimia de la interpretación, trabajo que es bastante parecido – excepto en su motivación – al trabajo del sueno o al trabajo del artista".
"El lector, ante un texto analítico, a menudo (seamos francos: siempre) tiene que realizar una serie de actos de fe. Todo libro de psicoanálisis es un mal analista: habla demasiado, suele ser poco persuasivo y no tiene em cuenta "la transferencia" del lector. Muchos libros analíticos provocan una "reacción terapéutica negativa": se empiezan pero no se terminan".
• Biografia de uma comunidad terapêutica. Buenos Aires: Eudeba, 1966.
• Plenipotencia (contos). Buenos Aires: Minotauro, 1966.
• Heroína. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1969.
• El paciente de las 50.000 horas. Madrid: Editorial Fundamentos, 1977.
• O paciente das 50.000 horas. Rio de Janeiro: Imago, 1979.
"O envelhecimento natural das teorias não existe. As idéias não morrem de morte; são assassinadas por idéias novas ou cometem suicídio."
"Não se trata apenas de saber se vale a pena adaptar o individuo a uma sociedade alienada; devem-se ver, também, as conseqüências dessa prática sobre os valores que determinam nossa maneira de fazer psicanálise."
"A psicanálise não é experimentação, é experiência. A intenção cientificista de medir vai contra a própria essência dessa experiência; na medida em que não se mede o que se compartilha."
"Se escrevermos uma história do movimento psicanalítico, vamos ver dois desvios evidentes aos quais já nos referimos de passagem. O primeiro está à esquerda de Freud e postula a primazia de um corpo carregado de uma energia que, em última análise, chega a ser cósmica (Reich); o outro se propaga para a direita e enaltece a palavra ao faze-la legislar sobre a vida (Lacan). A dialética destes extremismos é muito enriquecedor se soubermos nos colocar na posição que, usando as palavras de Kesselman, denominaria ultracentro, onde a palavra é corpo e onde o corpo fala."
• El antiyo-yo. BERLIN, M.; RODRIGUÉ, E.. Madrid: Editorial Fundamentos, 1977.
• El Antiyo-yo: nova proposta amorosa. RODRIGUÉ, E.; BERLIN, M. Rio de Janeiro: Imago, 1982.
“Você gosta de Freud mais do que eu- disse, e acho que sim; corre em mim sangue, ele é o cabeça da raça dos caçadores de labirintos. Conto a Érica que, no último almoço das quintas-feiras, Lúcio assinalou que tenho algo de Freud, que faço passar sua teoria pelo meu corpo. Oxalá seja assim”.
“Um problema é uma pergunta mal formulada... e todo problema precisa ser traduzido para a sua pergunta original”.
“O que fazer diante da morte, a grande especialista em separações?”
“Permita-me um desvio, pois desejo falar sobre algo que, na falta de um nome melhor, apelidarei de nervosismo ideológico. As ideologias incompatíveis com a minha me deixam nervoso. Talvez seja este o vício profissional dos comprometidos. Mas, sabe o que é? Muita gente engole sua ideologia como a vaca devora o capim...”
“Não sei. Às vezes sinto um medo semelhante ao de um garoto que se perde num estádio de futebol. Sei que disporemos de uma liberdade que nunca nos animamos a assumir, sei também que iremos incomodar o burocrata que trazemos dentro de nós. Desejamos viver com a máxima coerência possível. Estou cansado de me esconder. Você não sabe a raiva que sinto das vezes em que me rebaixei, aprovando com o meu silêncio aquilo que desaprovo.”
• La lección de Ondina. Madrid: Editorial Fundamentos, 1980.
• A lição de Ondina. Rio de Janeiro: Imago, 1983.
"Defino a resistência como aquilo que se opõe à disciplina da mudança."
"Os fanáticos me deixam nervoso. Os que não duvidam. A certeza como formação reativa diante da bagunça cósmica. Não me entendo com quem professa a sabedoria ingênua da vontade de ferro."
"Difícil para uma mulher jubilar-se da maternidade (talvez, por isso, haja tão poucas mulheres jubiladas). A jubilação, basicamente, é uma ruptura com os filhos bocas que têm que ser alimentadas, com os filhos esfíncteres que têm que ser controlados, com os filhos qualificações que têm que ser aprovadas ou reprovadas. É preciso ser um órgão dos dois lados. Você cumpriu o contrato social e, tchau, você é uma pessoa livre. Livre para imaginar o caminho do sábio, acrescento agora."
"Boa parte da minha solidão é própria da orfandade do jubilado. A solidão da meditação criou uma disciplina que se reflete no texto. Escrever é uma disciplina do pensar."
"Será que a morte não é o ultimo delírio dos vivos?"
"Pensem um pouco. Será que o morto, como o louco, não são produções fantásticas da humanidade? Ficções do espírito: o Louco não existe, O Morto não existe. Os dois grandes escândalos que nos alienam: estar morto e estar louco. Nessa ordem de importância. Levando o argumento ao absurdo: nos enlouquece tanto o fato de morrermos que morremos."
"Mas, sem ir tão longe, é em torno da morte e da loucura que o homem de hoje tem mais problemas para ser lúcido. O homem irracional está escondido à espreita ou o homem irracional é nossa esperança, coisa mais difícil de decidir."
• O último laboratório. FERRO, N.; RODRIGUÉ, E.. Rio de Janeiro: Imago, 1985.
• Um sonho de final de análise. LOPES, S. T.; RODRIGUÉ, E.. Rio de Janeiro: Imago, 1986.
“Mas o analista está sempre na encruzilhada; nossa profissão alimenta-se de um questionar perpétuo. Ao menos assim concebo a coisa e isto me leva a falar um pouco de outro contato extra-analítico que tem a ver com ser aluno de Lacan. O analista aluno, destituído por definição provisória de um suposto saber, está aprendendo.”
“Às vezes penso que em toda a análise há um tema último que nunca pode ser tratado, como se toda neurose de transferência tivesse uma base neurótica axiomática irredutível. Este espaço inefável pode ser ocupado pelo mito de origem.”
“Quando perguntamos: qual é a regra fundamental da supervisão?, confrontamo-nos com uma inexistência. Não há regra fundamental na medida em que não existe uma técnica pedagógica psicanalítica. Contamos com múltiplas técnicas artesanais, com borra ou sem borra.”
“Por outro lado, deixei de ser kleiniano na medida em que comecei a ser rodrigueano, que valha a canonização, na medida em que desenvolvi meu estilo.”
• Un sueño de final de análisis. LOPES, S. T.; RODRIGUÉ, E.. Buenos Aires: Nueva Visión, 1991.
• Ondina Supertramp. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1987.
• Ondina Supertramp. Rio de Janeiro: Imago, 1989.
"Nada é verdade, tudo é verdade, não para radicalizar o cinismo mas no sentido de que meu compromisso está em minha verdade, com minha verdade, a que às vezes chamo minha ética. Uma experimentação nas ficções da veracidade. É por isso que se engana quem pensa que eu escrevo uma biografia. É outra coisa, sutilmente oposta. Como se minha vida fosse a autobiografia de minha auto-biografia. Compreendem? Uma ficção da ficção. Escrever o que vivo e viver o que escrevo às vezes se alinham, ao ponto de converterem-se num mesmo ato. E na criatividade dessa confluência a reflexão ética se transforma em ação moral e cada um é seu próprio guia."
"Não tenho nenhum compromisso de dizer a verdade, por isso costumo dizê-la. Além do mais, pense bem, a mentira aproxima a verdade do real. Lacan dixit."
"Gosto de estudar e escutar, como pano de fundo, o tilintar doméstico, o murmúrio da água na pia, as birras dos garfos com as facas e a presença de uma mulher silenciosa. Essa é toda a diferença entre solidão e a companhia: os passos de uma mulher descalça."
"Repito, é uma lei fundamental: um pai não pode ser fã do filho. Sem exceções. As exceções confirmam a regra, tipo o pai do John Lennon ou o pai de Jesus Cristo."
• Gigante pela própria natureza. São Paulo: Escuta, 1991.
"A ex-paciente queria ver-me."
"Alívio ao identificá-la quando abri a porta do consultório. A memória do analista vem feita de teias de aranha, murmúrio de vozes, retalhos de sonhos, pernas com pestanas e o rastro transgressivo de algum perfume francês."
"Sou partidário da Igreja do Amor, que minha mãe me perdoe. Mais ainda, acredito que todo psicanalista deve ser herege por sua própria natureza, já que nós partimos de um dualismo que desemboca em outra coisa mais além do Principio de Prazer."
"Eu não tenho fé política assim como não sou homem de fé. Não posso ser um torcedor fanático, militante, entregue a uma causa. Sou sugestionável precisamente por não ter essa fé férrea de base. Posição da qual se pode dizer: “não insulte a fé com esperança”. A esperança é sugestão. Eu talvez seja sugestionável em minha pálida tentativa de ter fé, em meu anseio existencial de torcer transcendentalmente."
"Sim, eu pertenço ao bando da psicanálise; disso não tenho dúvida. Sei disso pelo fato de ter talento nato. Ter talento psicanalítico significa conhecimento nato, adquirido no divã. A libido estava no leite do seio de minha psicanalista – eu mamei psicanálise."
• Gigante por su propia naturaleza. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1991.
• Sigmund Freud: o século da psicanálise. São Paulo: Escuta, 1995,
volumes 1, 2, 3.
"O objetivo biográfico é recriar o universo-síntese desse homem, desse sistema, desse sintoma cultural. O ideal seria entrar em sintonia filosófica, filológica, poética, histórica e retórica, como quem afina um instrumento para além da simbiose. É um ideal alquímico, eu sei. Mas , pensem bem, à diferença da história, a biografia é um empreendimento essencialmente identificatório. Com efeito, a biografia é a arte de ser o outro. Isso, aprimorar a cópula - consubstanciar-se, ser o outro, com a antecipação da sombra. Esta identificação fascinada e fascinante não se encontra assim, no acaso de uma noite. Provém de uma larga caminhada e, às vezes, penso tratar-se de uma iniciação, da qual a idéia de possessão não se ausenta. A biografia como possessão sublimada em escrita. De uma coisa estou certo: não saio desta o mesmo."
"Para escrever uma história transformadora da psicanálise é mister ir dando passos invisíveis, quase impossíveis, e pular fora da transferência de discípulo. Escrever sobre a história da psicanálise pressupõe, portanto, um projeto intelectual onde se tenta sair da transferência, à força de abusar dela, quebrando o espelho. Mais que analisar Freud, significa ser analisado por ele, analisando aquele que me analisa, para fechar o livro com uma “alta” transferencial. Há muito tempo sou analista e, na última década, tenho perguntado como isso tudo poderia acabar. Mais concretamente: será que existiria um final de analista, da mesma forma que o final da análise, embora improvável, é teoricamente possível? Existe um momento em que a transferência com Freud acaba e, por definição, deixa-se de ser neurótico para cair na estranha loucura da normalidade?"
"Existe um final de analista?"
• Sigmund Freud: el siglo del psicoanálisis. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 1996, volumes 1, 2.
• Freud: le siècle de la psychanalyse. Paris: Éditions Payot & Rivales, 2000, volumes 1, 2.
• Freud: le siècle de la psychanalyse (Nouvelle édition). Paris: Éditions Payot & Rivages, 2007.
• El libro de las separaciones. Buenos Aires: Editorial Sudamericana, 2000.
• Separações necessárias. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2006.
...é preciso atravessar a casca da dor para ver o outro rosto da morte. Porque há também o narcisismo soberano do moribundo que se sabe belo, presença aniquiladora.
A aposentadoria como um estado civil: celibatário, casado, divorciado, viúvo, aposentado. Entrar, com a aposentadoria na cabeça, numa idade na qual, bem ou mal, se está em dia com Deus, o Homem e o Diabo. A árvore, a maçã comida, o filho, o livro.
Tenho tanto medo da morte que chego a admirar a coragem dos suicidas. Também é por isso que ensaio a morte toda vez que tenho uma oportunidade (...) a cena que mais temo, e que representei em várias terapias de grupo, é a seguinte: morrer na contramão, atrapalhando o tráfego.
...o sol dessa bela manhã me turvava; não havia sombra para meus olhos tristes. Olhos de velho que tem tanto que aprender, que não sabem nada, nem mesmo sabem se querem saber.
No amor, quanto maior é a perfeição, mais frágil é a relação.
• La respuesta de Heráclito. Buenos Aires: Topia Editorial, 2006.
"Sou um analista da quarta ou da quinta geração. Abraham foi meu avô. Conheci um Jones um tanto irônico, polêmico na discussão de trabalhos de Bion e Balint. Fui vizinho de Mrs. Klein por mais de dois anos. Participei de seminários com Rickman. Glover e Anna Freud, e mais tarde troquei cartas com Winnicott. Tomei chá com Alix Strachey, servido por Mrs. Lindon, a bibliotecária do Instituto Britânico de Psicanálise. Do outro lado do Atlântico, na Costa da ego psychology, trabalhei, por mais de três anos na mesma clínica que David Rappaport e Erik Erikson. Possuo uma poderosa transferência com o passado, mas sou, ao mesmo tempo, um franco-atirador, um arqueiro free-lance, alguém que foi um jovem analista do tempo velho e que agora é um velho analista do tempo novo. Tenho um miradouro panorâmico do percurso do movimento psicanalítico. Permaneci um longo período na Associação Psicanalítica Internacional – IPA para logo ser agente de câmbio com esse furacão manso que foi o movimento Plataforma. Sou o analista das 100.000 horas."